Commandaria
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Esse é um vinho de sobremesa com um sabor tão rico quanto sua história: dizem que Commandaria é o vinho mais antigo que existe, ainda em produção!
E de onde vem essa denominação de origem? A área de produção dos vinhos de Commandaria é formada por 14 aldeias de Chipre, uma ilha do Mar Mediterrâneo, que fica ao sul da Turquia. Chipre é um país republicano, membro da União Europeia, com quase 800 mil habitantes. E é um local de praias deslumbrantes.
E desde quando os vinhos denominados Commandaria existem? Há mais de 4.000 anos!
É possível encontrar menções de Homero a esse vinho, poeta grego autor de Ilíada e Odisseia. Da mesma maneira, é possível afirmar que esse foi um vinho muito famoso entre os Cavaleiros Templários do século 12.
Commandaria foi apelidado pelo rei da Inglaterra Ricardo I (Ricardo Coração de Leão) como “o vinho dos reis, e o rei dos vinhos”, dividindo, então, esse título, com o Barolo, segundo Voltaire, e com o Tokaji, segundo Luís XIV.
Os vinhos rotulados como Commandaria são produzidos, exclusivamente, a partir de duas uvas nativas, a branca Xynisteri e a tinta Mavro. E, muitas delas, provenientes de vinhas com mais de 100 anos de idade! Se quiser ler mais sobre vinhas velhas, clique aqui. Ou, para ler sobre uvas nativas, clique aqui.
Depois de colhidas, já super maduras, as uvas são deixadas ao Sol, durante dez dias, o que aumenta ainda mais a densidade dos seus açúcares.
O vinho de Commandaria é fortificado pela adição de álcool vínico, e envelhece por um período mínimo de 2 anos, em barricas de carvalho, antes de ser engarrafado.
Com um aspecto visual viscoso, de cor âmbar, esse vinho tem notas de mel, ervas, baunilha, especiarias e frutas secas, como ameixas.
Esse lendário vinho, de alto teor alcoólico (15°) e uma riqueza notável de açúcares naturais, deve ser servido a uma temperatura entre 6 e 9°C.
Como um vinho de sobremesa, ele harmoniza muito bem com compotas de frutas, e até mesmo com chocolate. Também é muito indicado para acompanhar queijos azuis, como Roquefort ou Gorgonzola.
Mas, pela sua raridade, talvez nossa sugestão seja apreciá-lo, após uma rica refeição, não harmonizado com uma sobremesa, mas como se ele fosse a sobremesa em si... Que tal?
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